Começa hoje a minha pseudo-declaração de independência. Pseudo porque na realidade falta-me a coragem para o fazer de outra forma.
Dou por mim a questionar o que me aconteceu, em que parte da minha vida me perdi e transformei no que sou agora. Serei isto até ao final dos meus dias?
Presa a um emprego que tinha tudo para gostar e odeio porque há uma senhora doutora que me suga a vida diariamente. Eu que achava que os parasitas nunca poderiam ir muito longe, o karma evitaria tal sacrilégio...Agora vejo que não era apenas ingénua, era parva!
Muda de vida, grita a minha alma... Pois pois, para ela é fácil dizer isso, não come, não paga contas que religiosamente caem todos os meses. Com o 12º ano, numa zona do país onde o desemprego bate recordes... Que remédio tenho eu, se não continuar a vender a alma ao diabo, engolir em seco e esperar... Esperar que algum Boeing perca o motor em pleno voo e lamentavelmente lhe caia em cima...
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